Por medo da solidão, mantenho um relacionamento falido!!!

"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder
o que, com frequência, poderíamos ganhar, 

por simples medo de arriscar..."

Gosto de começar com a definição, sabendo o que é, fica mais fácil para lidar.

Segundo a infopédia, Medo é: “sentimento de inquietação que surge com a ideia de um perigo real ou aparente”; Solidão: “estado do que está só, isolamento”. (fonte: https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/medo)

Quantas vezes você já ouvi alguém falar que vive um relacionamento falido, sem companheirismo, amor, cumplicidade, muitas vezes sofre agressão verbal ou até agressões físicas?

Quantas vezes além de ouvir tudo isso, a pessoa termina a frase dizendo que está ruim, mas tem medo de ficar só, medo devido já não ter mais idade para se apaixonar ou não sabe se encontrará alguém, nesta altura do campeonato para ser feliz em um relacionamento amoroso...

Quantas vezes você já ouviu, “eu tenho dó dela, ela não saberá viver sem mim”, “eu tenho dó dele, ele já me ajudou muito, não consigo terminar tudo, abandoná-lo...”. Imagino que você já ouviu muito mais por aí.

Pessoas que desejam serem donas de sim, desejam liberdade para fazer o que quiser ou não fazer nada, presos em um relacionamento como se fosse uma âncora sem corrente.

Medo de não conseguir se manter financeiramente ou que o outro não consiga se manter.

Será mesmo que o outro não vive sem você? Você é o ar que ela/ele respira? Será que o outro não sabe se virar sem você?

Quantas coisas você já perdeu e continua perdendo por medo de seguir em frente seja lá como for.

Quantas vezes você deixou de viver coisas sensacionais na sua vida, porque o outro estava sempre em primeiro lugar?

Quantas vezes você já se sentiu sozinha, mesmo estando no meio da multidão?

Quantas vezes você permitiu que o outro resolvesse a sua própria vida, sem que você tenha feito algo para ajudá-lo?

Quantas vezes você permitiu que o outro caminhasse com as próprias pernas?

Precisamos do outro para nos relacionar, viver em sociedade, fazer o nosso trabalho diário, mas não nascemos grudados, quantas coisas você já superou e o outro também.

Até que ponto tudo que você vê no outro, são na verdade a suas questões, que estão gritando dentro de você.

Sim, alguns vão dizer que estão velhos demais para recomeçar do zero, fazer tudo de novo, mas eu te pergunto cada dia não é um recomeço?

Muitos dos pensamentos que temos imaginando coisas, não acontecem, muito menos da forma que imaginamos, são frutos da nossa imaginação, do medo e da solidão.

Ao mesmo tempo em que você deseja tanto a sua liberdade, você coloca o medo na frente, imagina mil coisas, inclusive que não é capaz de viver sozinha, a liberdade é um caminho novo, desconhecido, alias se fosse algo conhecido bem provável que você não faria esse caminho.


Cada caminho é único, cada experiência também. Se você percorrer o mesmo caminho passo a passo que a autora do livro e filme COMER, AMAR E REZAR fez, provavelmente não sentirá as mesmas coisas que ela sentiu ou viveu.

Porque é muito íntimo e pessoal, cada um tem a sua própria história, sentimentos, medos e superações.

Ficar só não é algo ruim, quando você sabe o que fazer com o seu tempo, você pode dançar sem que ninguém veja, fazer uma comida que só você gosta ou fazer nada, ler um livro ou ver sua série favorita. Pode sair mais tarde do trabalho sem preocupar-se com mais nada, pode sair e fazer o que você quiser.

Você também pode fazer tudo isso em um relacionamento, morando com outras pessoas, vai precisar organizar seu tempo.

Muitas pessoas quando solteiras desejam casar-se, muitas pessoas casadas desejam a vida de solteira... Parece que nunca estamos satisfeitos, existe sempre uma busca, pelo outro, o outro que eu não tenho e quando tenho depois de muita luta, já não quero mais...

Estamos buscando fora, satisfazer-se com coisas, enquanto dentro está uma completa bagunça, insatisfação com a vida que estamos vivendo.

Guardar coisas das quais não nos serve mais é acumular tempo e energia. É ter por perto algo que sempre vamos olhar e dizer: “não quero mais, quero o outro”.

Quantas vezes você olha para si no espelho e gosta da pessoa que é?

Quantas vezes você reajusta a sua rota? Muda de planos ou de ideias?

Quantas vezes você troca o que precisa ser trocado e coloca ponto final para que o novo chegue até você?

Quantas vezes você busca o seu autoconhecimento? E para de insistir em caminhos que não te levam a canto nenhum?

São esses mesmos caminhos que geram frustração, medo e solidão, eles geram isso agora no seu momento presente.

Será que estar com o outro, ou o amor do outro te dá garantia de ser amada? Ser amada pelo outro quer dizer que você se ama e se aceita como você é?

O que as mulheres querem? O que você quer?


“Há um tempo em que é preciso
abandonar as roupas usadas
Que já tem a forma do nosso corpo
E esquecer os nossos caminhos que
nos levam sempre aos mesmos lugares
É o tempo da travessia
E se não ousarmos fazê-la
Teremos ficado para sempre
À margem de nós mesmos”

Tempo de travessia, Fernando Pessoa 


Beijocas

ઇઉ Sissa Geller
Comentários
0 Comentários

Comentários:

Postar um comentário



 

Psicóloga Silvana Souza de Sá © Copyright - 2012. Todos os direitos reservados. Layout criado por Gabi Layouts