Quem disse que PSICÓLOGO é coisa de louco?

Mesmo estando nós no século XXI, ainda ouvimos esse tipo de coisa, que psicólogo é coisa de louco e eu não estou louco para ir a um.

Ainda é muito comum as pessoas pensarem assim sobre psiquiatras e psicólogos. Mesmo tendo algum parente ou amigo que é psicóloga (o).

Logo que pensamos em louco, a imagem na cabeça não condiz com a realidade, mas a primeira imagem que imaginamos é alguém parecendo um zumbi de seriado, que não fala nada com nada, babando, andando sem rumo pela cidade, xingando, batendo e fazendo “loucuras” por ai.

Então vamos começar a definir o que é loucura?

Segundo dicionário online*: “Qualidade de louco, desprovido de razão. [Medicina] Distúrbio mental grave que impede alguém de viver em sociedade, definido pela incapacidade mental de agir, de sentir ou de pensar como o suposto; insanidade mental”.

Podemos pensar então que a pessoa tem uma causa orgânica/física que compromete o equilíbrio do seu corpo/organismo, fazendo assim com que ele não esteja em seu estado normal.

Também podemos pensar que a pessoa além de uma questão física, existe uma questão emocional.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a definição de saúde (estado normal), “define a saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afeções e enfermidades”.

Podemos até pensar que a denominação “louco” é um termo estereotipado, para dizer que alguém não está bem em relação as suas questões físicas ou emocionais.

Outro dia li um livro em que uma médica diz que quando o paciente chega relatando os sintomas, ela tem uma hipótese, faz a avaliação com as mãos para examinar, observa e pede exames para comprovar suas hipóteses, parece muito simples até em sua visão, agora quando o paciente tem questões emocionais que geram um desequilíbrio em sua vida, ela diz que não sabe onde verificar, como ter a certeza onde está “doendo” naquele paciente. Não aparece em nenhum exame.

Quando você percebe que não consegue entender e lidar com as emoções e sentimentos que sente. Sente-se perdida, confusa até sem rumo.

Percebe que a desmotivação não passa, inclusive quando faz coisas que antes dava prazer e sensação de bem-estar.




Pode ser que existe um desequilíbrio em sua vida. Como podemos medir esse equilíbrio/desequilíbrio?

Como está a sua vida física? Faz exames de rotina regularmente? Faz atividade física? Tem questões de doenças na família que você tem ou ainda não tem? Tem boa alimentação ou come quando dá? Come compulsivamente por ansiedade, preocupação ou tristeza? Consegue dormir pelo menos 7 horas por noite? Acorda cansada mesmo depois de dormir?

Como está a sua vida mental? Você esquece o que tinha que fazer? Vive perdendo a hora e compromissos? Não lembra onde deixou as coisas? Às vezes percebe-se confusa? Perdida? Faz estimulação com leitura, novos aprendizados e utilizando jogos para treinar a mente (lumosity app)?

Como está a sua vida emocional? Percebe quando está triste? Percebe o que te faz feliz? Vê significado no seu trabalho diário? Sente-se frustrado porque as coisas não são como gostaria? Perde a paciência fácil e vive brigando com todos por tudo? Percebe a vida sem graça? Vai de casa para o trabalho e do trabalho para casa? Sente-se bem quando faz alguma atividade prazerosa?

Como está a sua vida espiritual? Independente de frequentar uma religião, você acredita em algo? Algumas pesquisas indicam que pacientes que tem fé conseguem uma melhora em relação à doença. Tem fé? Participa de grupos?

Pensando em equilíbrio quando uma de nossas áreas não está equilibrada, podemos sentir-se mal e isso faz com que não ficamos em nosso estado “normal”.

Isso não quer dizer que somos loucos ou estamos a beira da loucura. Essa forma de ver alguém que está doente ou desequilibrada emocionalmente é muito estereotipada.

Pensando ainda dessa forma, as mulheres estão em “loucura” constante, visto que elas têm TPM, é uma alteração de humor brusca todo mês, por vários dias. Perde a paciência, qualquer coisa irrita, muitas vezes brigam ou passam parte desses dias chorona.

Será que ir à psicóloga (o) não é coisa de quem quer se conhecer melhor, seus sentimentos, pensamentos e como você é, justamente para prevenção, para não “enlouquecer”?

Buscar o entendimento ou a raiz do problema, de entender que a tristeza vem porque a pessoa não está feliz no trabalho, sente-se não reconhecida por tudo o que faz e essa empresa não pode dar o que essa pessoa precisa para sentir-se realizada, plena, com bem-estar.

Ou o relacionamento com a família é conturbado, todos tiveram uma crianção onde brigar era “normal” e hoje a pessoa sente-se muito mal com essas questões da família e não sabe como falar, o que falar e como resolver?

Nunca tem paciência, vive “estourando” com todos em casa, no trabalho ou com os amigos...



E quando o relacionamento amoroso não vai bem, e a pessoa sente medo de terminar, acha que sozinha não dá conta de viver e seguir a vida?

Também a casos de pessoas que não conseguem chorar após a perda de alguém importante, não viveu o luto e não sabe por onde começar. Sente um peso no peito, uma dor que não tem diagnóstico. Uma dor que gera tristeza e solidão.

Será que essas e outras situações podem e devem levar você a procurar um psiquiatra ou psicólogo?

Muitas vezes só o psicólogo não dá conta, precisa tomar uma medicação por um tempo para equilibrar nosso cérebro. O remédio coloca nossas questões físicas em equilíbrio e ao fazer psicoterapia você vai entendo a raiz do problema, o que está causando esse desequilíbrio.

O que acontece no consultório de uma psicóloga?

O que as pessoas do meu trabalho vão pensar se souberam que eu vou à psicoterapia?

E a minha família, será que eles vão olhar-me estranho?

Meus amigos vão rir de mim, e achar que eu realmente sou louca?

Essas são algumas perguntas que passam na cabeça das pessoas que nunca foram para uma psicoterapia...

Os psicólogos são profissionais que seguem um conselho como o CRM dos médicos, é o CRP, conselho regional de psicologia. Eles fazem uma formação de psicologia por cinco anos.

Geralmente em sua sala ou consultório existem poltronas ou até divã (que você não é obrigado a deitar), você vai dizer o que está incomodando a sua vida, vai ouvir algumas coisas, não é um bate-papo de “boteco”.

É uma conversa séria que vai fazer você entrar em contato com você e pensar mais nas questões da sua vida, uma psicóloga nunca diz qual atitude você deve tomar, ela vai te ajudar a pensar todas as opções e você terá mais segurança para tomar a melhor decisão para sua vida.



Tudo que você fala dentro do consultório tem sigilo, a psicóloga jamais vai sair por ai contanto sobre você ou te expor.

Com o passar do tempo você mesma vai percebendo as mudanças na sua vida.  Percebendo que é possível ser mais feliz, ter bem-estar, qualidade de vida.

Dizer não quando não está a fim, dizer sim com segurança, também é uma dificuldade a ser trabalhada na psicoterapia, quantas vezes você já se sentia péssima ao dizer sim só para agradar o outro?

Quantas vezes você deixou de fazer algo ou dizer sua opinião preocupada com que os outros vão pensar, também pode ser trabalhado na psicoterapia e tantas outras questões.

O trabalho é voltado para mudanças, você consegue mudar as coisas que não fazem bem para a sua vida deixando ela em harmonia e equilíbrio.

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Artigo: Fé pode ajudar muito no tratamento e cura de doenças, defendem médicos 

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Gratidão
Beijocas
ઇઉ Sissa Geller
  


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