Por que ficamos tristes e tragédias acontecem?

Vou começar pela nossa primeira frustração, ela acontece no nosso nascimento. Estamos sendo gerado em um lugar quentinho, onde todas as nossas necessidades são supridas sem que ao menos necessitássemos pedir algo.

Quando nascemos lidamos com essa frustração gigantesca, sentimos fome, frio, sono ou dor e não sabemos como mais vamos ser atendidos nas nossas necessidades.

Nossa mãe leva certo tempo para lidar com os nossos desconfortos e suprir nossas necessidades. Essa frustração é necessária, como todas as outras que vamos sofrendo ao longo da nossa vida.

Vamos compreendendo a vida através dos aprendizados que muitas vezes vem acompanhado com os erros. Cada queda na tentativa de ter equilíbrio e começar a andar é um “passo” mais a frente. Os incentivos dos nossos pais e a alegria em formas de palmas são muito reforçadores.

Sim precisamos cair ralar os joelhos e seguir em frente seguros que estamos assessorados por nossa família. Quando nos machucamos também aprendemos que não devemos por o dedo ali, ou deixar a mão perto da porta, porque ela vai fechar e vai doer.

Uma vez vendo televisão logo após uma grande tragédia nacional, ouvi uma senhora aposentada dizer que estava se reunindo com os vizinhos e eles estavam juntando roupas e alimentos para ajudar as vítimas. Se não fosse essa tragédia provavelmente muitas pessoas não teriam a oportunidade de ajudar os outros.

Não é que precisamos de tragédias para agir, existem muitas pessoas que estão sempre ajudando os outros independente de tragédias. Mas são nestes momentos que nos unimos e juntos somos muito mais fortes e vamos muito longe.

Quem nunca chorou loucamente pelo termino de um namoro e alguns meses ou anos depois percebe que aquela não era a pessoa certa para viver contigo. De longe você começa a perceber que os valores não eram parecidos, que tinham sonhos e vidas que não se ajustavam.


Quantas vezes você achou que era o fim do mundo perder o emprego? E alguns meses depois encontrou um bem melhor, onde você era valorizada como pessoa, como profissional, podendo mostrar suas habilidades e conhecimentos.

“Às vezes, quando a gente perde, a gente ganha ...”, filme Amor além da vida.

Tantas vezes precisamos passar pela experiência ruim pra deixar pra lá, pra ter certeza de como foi e não ficar cheio de caraminholas pensando: “como seria se eu tivesse aceitado aquela oportunidade...”.

As dificuldades, os momentos de crise e tristeza fazem parte de uma vida saudável, não dá pra ser feliz o tempo todo. São nesses momentos que fazemos um balanço geral para realinhar a rota da nossa vida e tomar melhores decisões já com as experiências vividas.

Uma vez eu fui reprovada no curso de inglês, confesso que fiquei muito triste, perderia a professora que eu gostava muito, os colegas de classe. Pra ficar ainda pior não tinha nenhuma turma um módulo antes que o meu, eu teria que voltar um módulo, neste caso voltei dois. Parecia filme de terror, até que eu entendi que tinha muitas coisas que eu não tinha aprendido e voltar foi a melhor coisa depois que passou o momento de tristeza e frustração por não ter tirado uma boa nota.

Depois de passar por um momento de muita tristeza imagino eu, os pais do Cazuza fundaram, “A Sociedade Viva Cazuza é uma ONG brasileira, criada pelos pais do cantor Cazuza após sua morte, em 1990. A organização tem como intenção proporcionar uma vida melhor à crianças e adolescentes soropositivos através de assistência à saúde, educação e lazer”, fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_Viva_Cazuza.

Talvez se eles não tivessem passado por essa perda e dor, não teriam tido a oportunidade de ajudar tantas outras pessoas. Coisas da vida que não tem explicação simplesmente acontecem na nossa vida por uma razão, mesmo que não sabíamos a razão, ela existe.
Outra história triste os pais que perdem o filho pequeno através de um crime brutal.

“No dia 29 de Agosto de 1997, Ives Yoshiaki Ota, oito anos, foi sequestrado por três homens em sua própria casa, na Vila Carrão, Zona Leste de São Paulo. Fundou-se, então, em Setembro de 1997, o Movimento da Paz e Justiça Ives Ota, uma ONG sem sectarismo religioso cujo objetivo é estender-se a todos os interessados numa sociedade pacífica, onde cada um se conscientize de que: somente através do perdão a verdadeira paz se instala em sua vida”, fonte: http://ivesota.org.br/historia/.

Quantas pessoas já perderam um ente querido para um câncer ou qualquer outra doença e após essa perda, ajudam tantas outras pessoas que não imaginavam em ajudar com a conscientização da prevenção, de fazer exames de rotina e tudo mais.


Muitas vezes ficamos tristes sem saber por quê? Vamos deixando se abater nos entregando a tristeza ou ficamos arrasados com as perdas, com a frustração de não ter nossos desejos atendidos. Algumas vezes até nos revoltamos com a vida.

O que será que podemos aprender com tudo isso?

O que será que podemos ensinar?

Quantas vezes essas perdas por mais dolorosas que são nos deixam ficar na zona de conforto, ou acreditando que a culpa de estarmos sofrendo é dos outros. Tantas outras ficamos ali desesperadas diante da porta que se fecha na nossa frente e deixamos de olhar por janelas que estão abertas a espera do nosso olhar.

E você como superou um momento triste na sua vida? Qual foi o aprendizado que ficou?

Será que algumas perdas são necessárias?


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Gratidão
Beijocas
ઇઉ Sissa Geller|Silvana Souza de Sá

  


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