Minha gente linda, em tempos de
coronavírus ou covid-19, estou aqui para o texto mensal, imagino que a
convivência familiar que ás vezes já não era lá tão boa, tranquila, imagine agora
em quarentena...
Eu percebo isso no consultório,
em outros relatos que recebo, com amigos é meio que geral, e não estou
generalizando, mas existem sim dificuldades em ser pai, mãe e filho.
Quando nasce um bebê, também
nasce uma mãe e um pai, eles não sabem serem pais, porque é neste momento que
existe essa possibilidade, de lidar com um Ser totalmente dependente e frágil. Ele aprendem a ser pais na prática.
Também sempre digo que não
existe um manual, tipo “como criar seu filho e acertar no final”, seria fantástico,
mas eu acredito que poucas pessoas iam ler a gente não lê nem manual de celular
e olha que celular é tipo paixão louca.
Não existe certo e errado para
criar um filho, os pais geralmente acreditam que estão fazendo o melhor e nem
sempre isso acontece.
O que os pais devem ensinar
principalmente é: são as regras, vivemos em sociedade, é precisamos delas, o que
é certo e errado, não só na visão do pai e da mãe, mas do mundo, quais são os
valores que você quer passar para seu filho, se você não sabe bem quais são
seus valores e não tem autoconhecimento sobre si mesmo como vai passar valores
para seu filho?
Aquela grande máxima que muitos
pais dizem: “Vou dar para o meu filho tudo que não tive...”, tenho até medo
quando escuto isso. Sabe por que? Esse filho cresce achando que tudo é
possível, ele quer e tem na hora que quer, sem grandes esforços e dificuldades,
quando cresce não sabe lidar com o “não”, com as frustrações da vida, muitas
vezes são revoltados. Não aceita o não do chefe a nota baixa na faculdade, não
sabe lidar com o fora da namorada...
Percebo também muitas cobranças
sem explicações, achar que seu filho sabe sem explicar fica difícil. “Ele tem
que saber...” mas você explicou?
Falta de afeto e carinho,
escuto muito: “eu trabalho pra dar o bom e o melhor, dinheiro não pode faltar...”,
mas afeto falta e muito, geralmente eu pergunto para os pacientes como eles
abraçam seus pais, é algo bem esquisito, um abraço pra ter efeito precisa ter
26 segundos e abraçar mesmo com gosto.
As pessoas reclamam que seus
pais são grosseiros, eu pergunto como eram seus avós? Ah eram assim também. Pois
é seus pais não tiveram carinho e afeto, eles não sabem dar, como espera que ele
seja carinho se você não quebra essa círculo de não carinho, abrace seus pais
agora e sempre.
As nossas referências (comportamentos
observados) são dos nossos pais, e se eles não tiveram boas referências à gente
vai copiando... Não adianta você dizer para o seu filho não fumar ou não beber,
não é o que você fala, é o que você faz, se você fala essas coisas e continua
fumando e bebendo na frente dele é bem provável que ele vai aprender isso com
você, as crianças aprendem por modelo, o que elas vão vendo vão repetindo o
comportamento.
Crianças vê, crianças fazem!
O que eu percebo das Mães super
controladoras, são mulheres que exigem demais de si mesmas, dos outros, elas
querem que tudo seja perfeito, que seja feito do que jeito que ela quer e faz,
mas minha gente, ninguém é igual, meu arroz jamais será igual ao arroz da minha,
somos diferentes e pensamos diferentes.
São pessoas que tem
dificuldades com seus erros e com os dos outros, mas a gente não controla o
incontrolável, um filho é um pedaço seu que você não sabe exatamente o que pensa o
que faz e por onde andará. Imagine que seu filho é uma chuva no dia que você
foi a praia, você não controla o tempo... Lembra disso!
Os pais que tudo fazem pelo
filho, que super protegem impedem que eles sejam eles, que errem, que aprendam,
que entre em contato com a frustração, eles não crescem.
É exatamente isso que acontece
com grande parte dos adultos, é como se você ficasse com um bebê no colo por um
ano inteiro, ele vai ter todo o desenvolvimento atrasado, os pais que ficam com
medo dos filhos ralar o joelho impedem ele de andar, a criança precisa cair,
bater, ralar, e toda vez o incentivo dos pais, e incentivo não é fazer pelo
outro, é dizer vá e faça se cair estamos aqui.
Toda vez que você quer resolver
os problemas dos outros porque você não aguenta ver o outro sofrer, você está impedindo
ele de aprender a se virar sozinho e aprender com as próprias dificuldades.
Imagine que seu filho não sabe
usar o dinheiro, vive no vermelho, gasta mais do que ganha e você sempre cobre
os saldos dele, o que passa pela cabeça dele é que sempre terá você pra ajudar,
porque se ocupar em aprender a cuidar do financeiro se meus pais sempre
resolvem pra mim.
Eu sei que dói muito ver um
filho em apuros, mas grande parte das pessoas que não são independentes sofre com
medo, insegurança, ansiedade e não arriscam na vida, porque muitas vezes foram super protegidos.
E não sabem sem virar sozinhos.
Quando as mães são
controladoras os filhos sofrem na sua ausência, eles precisam errar e aprender
com os próprios erros, eis que é a vida.
É importante conversar com os
filhos e com os pais sobre o que pensamos e sentimos, mesmo que o outro não
concorde lembre-se cada um é cada um.
É importante ter momentos
juntos, em famílias, carinho, abraços, toque físico isso faz toda a diferença na
nossa vida.
Os filhos precisam de limites,
regras, horários, e quando os pais estão “mandando” muito na vidas deles também
precisam disso.
Eu já falei disso em outro
texto, e vou falar de novo aqui, o teste do marshmallow, foi feito com crianças
e foram acompanhadas em sua vida ao longo do tempo.
Era um teste assim, eu vou sair
e volto logo, se eu voltar e você não comer o marshmallow ganha outro, se comer
não ganha.
Algumas crianças ganharam o
segundo e outras não, ao longo da vida o que foi observado.
Os que resistiram a tentação e
aprenderam esperar: “pessoalmente eficazes, autoassertivos e mais bem
capacitados para enfrentar as frustrações da vida. Tinham menos probabilidade de
desmontar-se, paralisar-se ou regredir sob tensão, ou ficarem abados e
desarvorados quando pressionados; aceitavam desafios e iam até o fim, em vez de
desistir, mesmo diante de dificuldades; eram independentes e confiantes,
confiáveis e firmes; e tomavam iniciativas e mergulhavam em projetos. E, mais
de um década depois, ainda podiam esperar um certo tempo para receber suas
recompensas, enquanto seguiam seus objetivos” - Daniel Goleman Inteligência
Emocional.
Os que não conseguiram esperar
e comeram o marshmallow, “tendiam a ter reduzidas essas qualidades e possuíam,
ao contrário, um perfil psicológico relativamente mais problemático. Na adolescência,
tinham mais probabilidade de serem considerados tímidos nos contatos sociais;
de serem teimosos e indecisos; de perturbarem-se facilmente diante de
frustrações; de julgarem-se “ruins” ou indignos; de regredirem ou ficarem
imobilizados quando tensos; de serem desconfiados e ressentidos por “não
conseguir nada”; de tenderem ao ciúme e à inveja; de reagirem exageradamente a
irritações com mau humor, desta forma provocando discussões e brigas. E, após
todos aqueles anos, continuavam sendo incapazes de aguardar a recompensa” ” - Daniel
Goleman Inteligência Emocional.
Quando você sabe quem é, sabe
das coisas que gosta, consegue ter mais autonomia sobre si mesmo, uma boa
autoestima ajuda muito quando nossos pais são controladores.
Muitas vezes deixamos de fazer
coisas importantes para nós porque a opinião dos nosso pais acabam pesando mais
e vivemos tristes, infelizes e frustrados, não estou dizendo que devemos
desrespeitar nossos pais.
Mas quando você se conhece,
mesmo errando você toma as decisões por si mesmo e se seus pais ficam magoados
eles vão ter que aprender a lidar com essa mágoa, que é deles e não sua.
Pare de fazer coisas para
agradar seus pais e sentir a sensação de ser amado e querido, isso se chama
robô, e você não é e mesmo que você dê o mundo para seus pais exatamente como
eles querem, a sensação de não ser amada vai continuar, porque na verdade quem
precisa se amar é você mesmo.
Filme A intrometida
Pais super protetores geram filhos com a Síndrome do Imperador
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ઇઉ Sissa Geller|Silvana Souza de
Sá
Psicóloga|CRP 06/90506