Estava eu lá curtindo um hotel nas férias de janeiro, sim era pra eu escrever bem antes esse texto...
Como eu
já faço natação há algum tempo, mesmo tendo a interrupção da pandemia, eu
imaginava que sabia nadar um pouquinho...
Eis que
entro na piscina com 140 metros até 220 metros de profundidade. Dei umas
braçadas até o meio, não deu pé, eu tenho 1,54 de altura, acho que já estava em
180 metros no meio da piscina, quase me afoguei...
Tinha
pessoas lá para me ajudar, depois disso eu apreciei a piscina somente na
beirada.
Qual é a
reflexão que eu tirei disso tudo? Embora eu saiba nadar um pouco, a piscina
onde faço aula é rasa, sempre dá pé e eu nunca estive exposta numa situação em
que tive que nadar mesmo não encostando o pé no chão da piscina.
Depois
que aprendemos algo, precisamos nos desafiar a ir além, nadar em piscinas mais
profundas, mudar de escola, mudar de faculdade, mudar de trabalho, mudar de
relacionamento amoroso ou de amizades, aceitar desafios audaciosos.
Quando a
gente conhece muito de algo é muito bom, mas somente isso não é suficiente para
viver e aproveitar tudo o que a vida tem para nos oferecer, precisamos conhecer
e explorar muito mais, sair da nossa zona de conforto e arriscar!
Eu sei
que não é tão fácil tomar essas decisões e mudar, nós temos medo do novo, o
novo assusta porque é o desconhecido, muitas vezes o novo gera em nós
ansiedade. Mas a única forma de enfrentar o medo e viver uma vida extraordinária
é dar pequenos passos, um passo por vez naquelas situações que são novas e nos
geram ansiedade.
Quando nós
enfrentamos nossos medos e deixamos de fazer mais do mesmo, percebemos que
existe um mundo gigante a ser explorado e que aquele monstro que nos causava tanta
ansiedade, não é como nós imaginávamos.
Eu confesso
com você que está lendo esse texto, que pulo de alegria quando os pacientes enfrentam
os medos e ansiedades e voltam no consultório contando a experiência, geralmente
é um sucesso e não era aquele terror todo imaginário.
A ansiedade
é um senso de proteção, quando estamos em perigo real (não imaginário) nosso
corpo se prepara para fugir ou lutar, quando fazemos isso, nos estamos preparando
para lutar ou fugir porque estamos imaginando algo na nossa cabeça, que
geralmente não é real, geramos no nosso corpo e mente um estado de atenção, mas
não estamos em um perigo real, ou seja, ansiedade!
Confesso que
escuto muitas histórias de superação dos meus pacientes, eles aprendem a ter autocontrole,
a compreender e perceber os sintomas da ansiedade e não deixa-la tomar mais
conta 100% de suas vidas, aprendem a desligar o leite antes dele ferver e derramar
todo no fogão.
Quais são
seus medos?
Quais são
as coisas que você quer mudar, mas segue abraçado ao medo e ansiedade?
Quais experiências
positivas você pode viver a partir do momento que enfrentar novos desafios?
Beijocas
da com toda a minha força e amor Sissa Geller.
ઇઉ Sissa Geller|Silvana Souza de Sá
Psicóloga|CRP 06/90506