Pais e AUTOESTIMA dos Filhos!

 Autoestima é a forma como você se enxerga, em relação aos seus valores, suas crenças (coisas em que você acredita), suas qualidades, capacidades, vitórias, conquistas, aprendizados, potencial. Isso é adquirido através da tentativa e erro. Quanto mais você faz algo, mais fácil e prático fica para você, isso vai te dando experiência e senso de capacidade. Elevando assim a sua autoestima.

Gosto de dizer que autoestima é o quanto você acredita em si mesmo, no seu potencial, o quanto gosta de você com os seus defeitos e qualidades e o quanto se respeita e faz ser respeitado pelos outros. Lembrando que toda vez que você diz sim querendo dizer e faz algo só para agradar o outro, você não está se respeitando.

Ela a autoestima, vai sendo construída desde a infância, através das experiências que vamos vivendo e colecionando, superações, aprendizados e joelhos ralados. Assim se os pais permitirem. Criança que são superprotegidas pelos pais, vão viver bem menos experiências.

Uma coisa que pode parecer simples para você hoje na fase adulta, como amarrar o cadarço, mas talvez para algumas pessoas é um transtorno até hoje, quem não consegue amarrar os cadarços pode sentir-se incapaz ou inútil por teoricamente não conseguir fazer uma coisa que parece boba para muitos e para outros um transtorno de tão difícil.


Você deve estar se questionando por que eu estou falando sobre isso? 
Se você é uma mãe ou pai ansioso, apressado e estressado, quase ninguém é, risos!

Certamente você fez ou ainda faz várias atividades para o seu filho, para agilizar a sua vida, o seu dia, visto que ele parece “lerdo”, “lento”, “incapaz”, “preguiçoso”, “desajeitado”, (rótulos que nós vamos dando para as crianças sem perceber, que viram crenças complicadas na fase adulta), o que você não percebe é que você não está facilitando a sua vida, tampouco a do seu filho.

Você está privando-o de aprender situações, fazer enfrentamentos que vão gerar nele experiências e segurança para uma vida adulta, porque depois dos 18 anos, ele não vai contar com você para fazer as coisas que ele não consegue. Porque ao invés dele agir, sempre tinha um adulto fazendo o que ele deveria fazer.

Imagina a cena, ele lá no trabalho dele não conseguindo fazer algo e você para tudo e vai lá para executar o trabalho que é de responsabilidade dele... Não dá né.

Pois é, toda vez que você amarra o cadarço, toda vez que você coloca comida na boca do seu filho quando ele já tem idade suficiente para fazer isso sozinho, dá banho, troca de roupa, faz as lições da escola por ele. Tudo isso porque tem pressa ou não quer que ele sofra com os erros.

Você está tirando dele a capacidade de aprender, de se fortalecer para desafios que serão mais difíceis. Essa é a mágica dos problemas, toda vez que você resolve um problema de matemática ou da vida, você adquire ferramentas, conhecimentos e aprendizados que te deixam mais fortalecido, para quando aparecer algo igual ou mais difícil. Quando você evita que seu filho faça coisas básicas ele não adquire ferramentas para lidar com as coisas básicas da vida, ou seja, pare de fazer por ele coisas que ele precisa desenvolver-se.

Toda vez que você faz algo pelo outro, ele vai ter a sensação, percepção que não é capaz, que é tudo tão difícil e muitas vezes não vai nem arriscar a fazer mesmo errando e aprendendo, vai esperar por você.

Mas e quando for a hora dele fazer uma entrevista de trabalho? Você vai lá também fazer a entrevista por ele?



A autoestima vai sendo formada toda vez que ele consegue amarrar os cadarços, mesmo que seja mal amarrado, mesmo que seja de outro jeito que você faz, ele vai sentindo-se cada vez mais seguro e vai aprender mesmo como amarrar.

Vai aprender a ter senso de responsabilidade quando perceber que ele não fez as atividades da escola e foi chamado a atenção da professora, vai ficar mais esperto e vai fazer da próxima vez, mesmo contendo erros, até mesmo porque ele não tem que acertar tudo, deve aprender como fazer (literalmente zoando o português) “fazendo”.

Tudo que é novo, tudo que diferente e desconhecido tende a deixar a gente ansioso, com medo, mas é o ato de fazer, de enfrentar as situações novas e diferentes da vida, que faz com que tanto a ansiedade com o medo vai reduzindo e vamos adquirindo coragem e experiências.

Precisamos dar pequenas autonomias e independência para as crianças conforme a idade dela, essa independência não é financeira, mas é de atitudes, é nesse momento que elaa vão internalizando regras, valores, responsabilidades, isso vai ajudar na vida adulta.

Sim, crianças que não tiveram isso, adolescentes e até adultos mais de 18 anos, e  tiveram somente pais que faziam ou ainda fazem tudo por eles, geralmente tem questões de baixa autoestima, sentem que são incapazes, com dificuldades de relacionamento interpessoal ou de fazer um simples deslocamento de ônibus ou metrô pela cidade, sentem-se inseguros e tendem a fugir das situações que com certeza deixaram eles mais fortes e preparados pra viver a vida adulta.

Nesta fase já adultos buscam por terapia e estão extremamente frustrados, sem saber lidar com coisas que parecem ser básicas e fáceis, porém pra eles não é. E quando qualquer coisa dá errado, ou não acontece como esperam, muitas vezes são tomados pela ansiedade, não sabem esperar o tempo das coisas, já acham que não servem para nada, que tudo na vida é difícil demais.



Sem entender que tudo tem tempo e processo na vida, como por exemplo, ninguém fica grávida hoje e já tem o bebê no dia seguinte, precisa esperar por nove meses.

Muitas vezes os pais que falam: “eu vou dar tudo o que eu tive para o meu filho”, não percebe que está criando nele um senso de ansiedade, dificuldade de esperar e de lutar, trabalhar, fazer as coisas darem certo. Um filho que tem um iphone 15 quebrado em um dia, que não faz ideia de quanto o pai pagou, já recebe um novo no dia seguinte, igual ou melhor no dia seguinte, não sabe o que é juntar dinheiro, mês por mês pra comprar um novo, ele não vai dar valor, “se quebrar meu pai dá outro melhor”.

Eu sempre falo que a vida não fica mais fácil com a psicoterapia, nós é que ficamos mais fortalecidos para lidar com a vida, esse deve ser o papel dos pais, criar os filhos para ser independente e viver a sua vida sem depender ou estar grudados nos pais, mas por medo de perder os filhos os pais acabam se rendendo aos filhos que se tornam reis e tudo podem.

Quando aprendemos a lidar com as coisas da vida não precisamos empurrar uma carroça com roda “quadrada”, é assim que pessoas com dificuldades para fazer coisas que para nós parece simples e para elas é um monstro gigante vê a vida.

Tarefas simples que casa criança dentro da sua idade pode executar.

1 – 3 Anos

4 – 5 Anos

6 – 8 Anos

9 – 11 Anos

12 – 14 Anos

Guardar brinquedos e livros

Arrumar a cama

Lavar e guardar louça

Preparar lanches rápidos

Limpar banheiro

Tirar o prato da mesa

Ajudar a separar o lixo

Pôr e tirar a mesa

Limpar móveis e armários

Passar pano no chão

Guardar sapatos

Guardar roupas

varrer

Trocar roupa de cama

Cuidar de plantas

Colocar a roupa suja no cesto

Guardar parte da louça

Dobrar roupas

Cuidar de animais

Preparar pequenas refeições

Tirar a própria roupa

Separar o lixo

Pendurar roupa no varal de chão

Fazer lista de mercado

Separar contas a pagar

Pôr guardanapo na mesa

Regar plantas

Lavar calçada

Ajudar no preparo do jantar/almoço

Fazer compras rápidas perto de casa

 

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Silvana Souza de Sá é Psicóloga Clínica|Sexóloga

CRP 06/90506 

www.sissageller.com.br / @sissagellerpsi

Atendimento Presencial, São Miguel/Tatuapé-SP e Online

(11)98577-9580

 

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