Sentir-se rejeitado dói exatamente como uma dor real de algum corte ou machucado. É uma experiência que certamente todas as pessoas vão passar em seu ciclo de vida, como os demais sentimentos, passamos por eles ao longo das nossas experiências desde o nosso nascimento até o final de nossa vida.
É uma sensação dolorosa de ter
sido abandonado, excluído e rejeitado.
Nossas primeiras experiências
podem ocorrem em família, na escola e nos grupos de amizades.
Quando não somos chamados para um
evento muitas vezes voltamos para nossos defeitos para justificar, por que não
eu?
O que não entendemos é que não
existe justificativa, ainda mais depreciando nossas qualidades. Achando que não
somos bons o suficiente por isso não fomos chamados/escolhidos.
A rejeição ela é íntima e
pessoal, cada um percebe de um jeito, para começar precisamos entender que não
somos vítimas - por não ter sido chamados para um evento -, o mundo não faz a
gente sofrer. É a forma que olhamos para as situações baseados na nossa
experiência de vida que faz a gente interpretar de uma forma distorcida a
realidade – um dia ensolarado pode ser visto nublado quando usamos óculos
escuros -, nem sempre o que vemos e sentimos é a realidade, é a realidade que
queremos ver.
Devemos entender que somos
importantes para nos mesmos, bem provável que não somos mais importantes para
os outros, cada um olha pra si, entenda você deve sentir-se importante para si
mesmo.
O mundo continua a girar com você
ou sem você, se olhar fotos sobre o universo vai entender o quão pequenos somos
diante da imensidão das galáxias.
A vida é um ciclo, nascemos,
vivemos e morremos, as folhas vão mudando de cor até voltar para a terra. Não
estamos aqui por muito tempo, vamos retornar ao pó de onde viemos.
A vaidade, o orgulho faz com que
nos colocamos num lugar de vítima, de rejeitado, como a Hiena dizendo: “oh,
vida, oh céus, ninguém me ama, ninguém me quer...”.
Quando entender que tudo é um
ciclo, com começo, meio e fim, vai entender que não precisa sentir-se
rejeitado, porque você é o seu mundo, o seu universo, você deve sentir-se
importante para você, sua vida, seus planos.
Se o outro não percebe suas
qualidades e não quer neste momento a sua companhia, está tudo bem. Sabe por
quê? Porque você é a soma das suas escolhas, lembra que cada escolha te leva
para um caminho, cada escolha te faz ter renúncias e consequências boas ou
ruins.
O mundo continua aí, com ou sem
você, ele o mundo não espera que você o melhore, ficar triste ou sentir-se
rejeitado não vai ajudar na sua evolução, na sua autoetima e autoconhecimento.
Quando não for chamado para algum
evento, entenda que está tudo bem, busque fazer coisas que goste, ocupe o seu
tempo com outras coisas, pessoas. Curta o seu momento. Faça uma caminhada,
dance, leia, vá ver lojas, vá em um café sozinha, curta o seu momento, carpe
diem.
Quando temos boa autoestima, e
aprendemos a nós amar, entendemos que essa situação não é rejeição, por motivos
do outro, é escolha. Da mesma forma que você escolha a roupa x hoje para ir ao
trabalho ou evento e não a y, exatamente como escolheu comer massa hoje ao
invés de outro prato, é somente escolhas, não é rejeição.
Numa entrevista de trabalho ás
vezes você é bom demais para a vaga e a empresa sabe que não vai ficar muito
tempo se for contratada, ou para essa vaga especifica você não tem exatamente o
que eles procuram, isso não quer dizer que não é bom.
Com relacionamentos é a mesma
coisa, uma vez conheci uma pessoa que tinha muitas características e valores
bem parecidos com os meus, porém era uma pessoa que tinha dificuldades de
comunicação, timidez para enviar mensagens, ou seja, a conversa não fluía e
ficávamos vários dias sem nos falar... Não tinha como dar certo, não foi uma
rejeição.
Muitas vezes me senti rejeitada
achando que o problema era eu, mas não era, não somos “brigadeiro” para agradar
todo mundo – e eu particularmente gosto mais de “beijinho de coco” - e nem
sempre a pessoa que eu estava interessada também estava interessada em mim. Faz
parte, por isso não fique triste quando você não for escolhido.
Quando aprendemos a nos amar em
primeiro lugar, não sentimos a rejeição, porque não somos capazes de nos
rejeitar. Aprendemos a não fazer comparações injustas, isso realmente é um
vírus de destruição, nossas comparações nunca são justas ou reais como imaginamos.
Não sabemos o que ocorre na vida do outro, o que vemos é um pequeno quadro do
todo e até com filtro...
Amar a sí mesmo e não se sentir
rejeitado é entender que a vida flui, como um rio, devemos seguir em frente,
buscando evoluir cada dia em relação ao que fomos ontem, deixar fluir. Parar de
se importar com as coisas, um dia por vez, avançando no nosso tempo.
Somos como um barco, que sempre
flui não pelo mesmo rio, o rio nunca é o mesmo, nós também, eu aqui escrevendo
esse texto, já não sou a mesma lá do início dele. Nada é o mesmo o tempo todo,
às águas, o rio, você.
Todos estamos no mesmo mar, não
no mesmo barco, cada um vive a sua história e experiência baseado na sua
percepção de mundo e vida. Não tem jeito certo ou errado de sentir ou viver,
cada um temo seu jeito, único e pessoal.
Permita-se viver, fluir na vida,
aprenda a ter autocontrole e pare de querer controlar tudo e todos ao seu
redor, você não controla o vento, mas pode ajustar as velas do seu barco
conforme o vento. Você não controla o sol ou a chuva, mas pode encontrar meios
de ficar bem consigo mesmo, mesmo diante de um sol de 40° graus, tomando banho
gelado, água fresquinha, roupa leve, o sol não precisa mudar pra atender as
suas necessidades.
Não fique ancorado, ficar parado
pode criar raízes onde não deseja, ficar enferrujado e estagnado e quando olhar
para trás poderá ser tarde demais, não terá um barco em boas condições para
fluir mar adentro.
Viver tem muito mais a ver com
deixar fluir, descer o rio, ir ajustando as velas, sem comparação, sem olhar
para o barco ao lado e para os outros, o que fazem, o que deixam de fazer.
Vivendo assim não sentirás mais a
rejeição e entenderá que hoje é o seu melhor PRESENTE, ontem é passado,
alimentar ele pode gerar em você tristeza e decepção, amanhã é futuro e não
imaginamos como será realmente, nem sabemos se vamos estar vivos pra contar
essa história. Alimentar o futuro pode te gerar ansiedade e frustração. Por
isso viva o hoje e faça a sua vida valer a pena!
Dedico esse texto para um grande
amigo, as ideias para escrevê-lo vieram depois de uma conversa sobre pessoas,
sentimentos e vida.
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Silvana Souza de Sá é Psicóloga
Clínica|Sexóloga
CRP 06/90506
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