Meu nome é Silvana, sou mais conhecida como Sissa Geller, que acabou se tornando minha marca pessoal, na época da faculdade eu queria usar as redes sociais e não ser localizada por futuros pacientes, já usava Sissa Geller no Orkut. Mas foi no curso de coaching que descobri que meu nome Silvana ninguém conhecia, foi quando decidi associar meu nome do RG com meu apelido.
Venho de uma família simples de Minas Gerais, tenho uma irmã mais velha do que eu 7 anos, meus pais não tiveram oportunidades de estudar, são analfabetos. Eu comecei a ler com 12 anos, depois de ganhar um livro de uma professora. Sempre tivemos o incentivo para estudar em casa, fiz datilografia e curso de informática pago pela minha mãe que fez questão de eu ter esses conhecimentos para garantir um bom emprego no futuro.
Tive poucos amigos, sempre era a garota do canto, os professores não sabiam o meu nome, era branquela e magrela demais, tinha vergonha de comer fora, nunca aceitava coisas que os outros ofereciam e sempre ficava tímida nas situações com muitas pessoas. O bullying na escola eu comecei a entender nos processos de psicoterapia. Eu não sabia que ser a última para ser escolhida na educação física ou ser chamada por último para os grupos de trabalho era bullying, aquela sensação de não ser querida, assim nasceu a ferida da rejeição.
Essa ferida foi reforçada pela diminuição de amigos e na fase de relacionamentos foi crescendo, as pessoas sumiam, parecia que todo mundo namorava menos eu. Eu também não fazia ideia de que a minha autoestima era baixa.
Mas era claro que eu não gostava de mim, do meu corpo, das minhas orelhas e nariz, eu sempre fui magra demais. Passei muitos anos buscando aprovação externa, querendo ser amada, acabava não dizendo não para muitas coisas e pessoas.
A autoestima não é beleza física, mas é assim que aprendemos, como se isso fosse verdade, autoestima está mais relacionada com a visão que você tem de si mesmo, incluindo erros e acertos, o quanto você reconhece as suas qualidades.
A faculdade de psicologia foi cheia de desafios e superações e eu me apaixonava todo dia por cada matéria, cada professor. Eu tinha a certeza do que eu mais queria era ajudar as pessoas a se ajudarem. Isso me dá muito prazer e felicidade de ver os pacientes voltando cada vez melhores.
Ao longo dos atendimentos eu ia percebendo a redução de ansiedade e depressão mas tinha algo ainda não revolvido, foi assim que me dei conta que não adianta você ser um excelente profissional ou pessoa, não adianta ganhar prêmios e felicitações, se você não acredita em seu potencial, se não acredita em você, se não se respeita, é como se zero x zero é igual a nada.
Assim comecei a ler muito sobre autoestima e aplicar na prática clínica, essa era a resposta. Escrevi textos, livros e sigo ajudando as pessoas a se ajudarem.
Antes da terapia é como se elas andassem sozinhas no escuro, quando chegam até mim, eu ando lado a lado segurando um holofote mostrando que existe uma estrada a ser percorrida, pode escolher várias saídas, se der certo alegria, e não der, aprendizados e seguimos em frente.
Vem caminhar comigo e Faça a sua vida valer a pena!
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